Ir até a loja física, mas finalizar a compra no online. Ser impactado no online, retirar o item comprado na loja física. A lógica pode parecer complexa, mas reflete o atual comportamento de consumo, no qual conveniência é a palavra de ordem.
Depois de dois anos, o mundo como conhecíamos não é mais o mesmo, e nossa intensa conexão com o digital elevou todas as expectativas. Isso também se aplica ao setor de moda e beleza, que, bem sabemos, ultrapassa o universo da estética.
O mercado está em transformação. Para além dos pijamas e do skincare, existe um movimento de reafirmação das identidades. Hoje, mais do que nunca, celebramos nossa pluralidade e diversidade, já não cabe nos colocar em caixinhas. Estamos mais confortáveis em nossa própria pele, mais empoderados frente às diferenças, e isso não apenas fomenta o debate, mas também abre espaço para um mercado mais representativo.
Frente a tantas mudanças, criamos um guia com as principais tendências desta indústria para que o seu negócio saiba como atender às novas demandas do setor. Vamos lá?
Novas escolhas
70% dos brasileiros conectados declaram que vão comprar tanto no online quanto no offline, conforme a conveniência.1 Já não há uma escolha única, o consumidor transita entre os dois universos de acordo com o que cabe a ele naquele momento. Há um movimento de empoderamento que revela indivíduos muito mais conscientes das suas escolhas.
Além dos preços e da forma de consumir, a conveniência também influencia no que é comprado. Após tanto tempo dentro de casa, prioridades foram repensadas. Vestir-se com conforto, por exemplo, já não é algo restrito à intimidade do lar. Em relação a 2021, houve um crescimento de 57% nas buscas por moda casual.2 Os dados confirmam e as próprias tendências da moda evidenciam esse movimento. Isso nos revela que, apesar da volta às ruas, os consumidores não abrirão mão de suas preferências.
Há mais liberdade nas escolhas e isso gera um movimento de readaptação do guarda-roupa, que também ocorre por um outro motivo: a aceitação dos corpos mudou. Exemplo disso é que, nos últimos dois anos, 60% dos brasileiros passaram a usar uma numeração maior ou menor,3 ao mesmo tempo que houve um aumento de 57% nas buscas relacionadas a plus size em comparação a 2021.4
Novas dimensões
Outra mudança significativa nesses últimos anos foi a forma de consumir conteúdo. Do dia para a noite, profissionais passaram a trabalhar de forma remota, e o vídeo se tornou uma ferramenta fundamental na comunicação entre as pessoas. No entretenimento não foi diferente. Por meio de vídeos, artistas redesenharam formas de conexão com o público, a exemplo das lives promovidas por cantores no YouTube, reunindo milhares de pessoas de forma online.
Diante dessa nova realidade, estamos confortáveis em explorar novas frentes de conteúdo. Um estudo do eMarketer nos mostra que em 2024 o consumo de vídeos digitais será superior ao tempo assistido em TV.5 No Brasil não será muito diferente.
Talvez você esteja se perguntando: mas o que isso tem a ver com o consumo de moda e beleza? Tudo a ver. Hoje, o consumidor de moda e beleza já compreende que consumir esse tipo de conteúdo traz alguns benefícios, entre eles:
Como conveniência tem sido algo buscado por esses clientes, fornecer informações para guiá-los na jornada de compra é algo muito positivo, pois possibilita não apenas aprofundamento em relação a conteúdos já conhecidos, como também descobertas de novos universos.
Nova consciência
Diante de tantas mudanças que transformaram a nossa forma de ser e de consumir, se estabelece um consumidor de moda e beleza mais consciente do que nunca. A conversa, que antes acontecia pontualmente em alguns nichos, agora se torna pilar fundamental.
Cuidar da aparência significa cuidar de si. Já não cabe dissociar a indústria de moda e beleza da ideia de bem-estar e autocuidado. Nos últimos anos, grandes obstáculos foram superados, e vivenciar isso fez com que as pessoas olhassem para dentro, se conectando à sua própria natureza, cultura e ancestralidade. Há uma busca crescente por identidade e identificação.
O que sua marca tem a ver com isso?
Os consumidores mostram sinais de que estão mais exigentes e querem soluções customizadas. Atender a essa demanda é uma forma de se conectar com eles. Contudo, isso implica um olhar mais cuidadoso para a diversidade. De acordo com dados do IBGE, hoje somos o 6° país no mundo com a maior população idosa. Em 2030, 1 em cada 6 adultos terão mais de 60 anos.6 E já no próximo ano, 16% da renda dos brasileiros será concentrada na população sênior.7 Sua marca dialoga com esse público?
Outra tendência que pede nossa atenção é a economia circular. Vivenciar uma pandemia e todas as mudanças socioeconômicas atuais fizeram com que as pessoas desacelerassem seus hábitos de compras. No Brasil, 1 em cada 2 consumidores da categoria de moda e beleza declara que pretende diminuir gastos com vestuário de coleções recém-lançadas e investir em comprar ou alugar itens de segunda mão.8 A mudança, ao que parece, veio para ficar: espera-se que o mercado global de roupas e acessórios usados dobre para mais de US$ 77 bilhões nos próximos cinco anos, crescendo 11 vezes mais rápido que o setor de varejo em geral.9
Parece desafiador atender às diferentes demandas do mercado, porém, mais que atender, é importante compreender que estamos vivendo uma mudança de paradigma, cujo protagonista é o cliente. Nesse novo modelo, os dados e insights do Google podem ser um caminho seguro para acompanhar essa transformação. Veja a seguir mais detalhes sobre as tendências de consumo de moda e beleza:
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