O Google Academy tem buscado ajudar marcas, empresas e profissionais do mercado disponibilizando gratuitamente lives interativas com treinamentos e insights de negócios — e todo o material fica disponível na plataforma mesmo depois de as sessões irem ao ar.
O confinamento que estamos vivendo desde o início da crise da COVID-19 mudou a relação das pessoas com o seu entorno e com os seus antigos hábitos. Por isso, não é surpresa que a nossa relação com os alimentos também tenha se transformado. Com restaurantes fechados e tanto tempo passado dentro de casa, as refeições caseiras ganharam uma importância que há muito tempo não tinham. A valorização dessa experiência ocorre de várias maneiras: experimentando novas receitas, aprimorando receitas antigas, comprando ingredientes melhores e mais frescos ou aprendendo novas técnicas culinárias.
Mas com a reabertura de bares e restaurantes, e a adoção de protocolos bastante rígidos de saúde e higiene, como fica essa experiência fora de casa? O que as pessoas estão dispostas a fazer para se divertir na rua? Qual é o papel do digital para ajudar nesse processo? Essas são algumas perguntas que discutimos em mais uma live do Google Academy, que teve como tema as mudanças de consumo e os desafios da reabertura no setor de alimentos e bebidas, no qual muitos negócios estão precisando se adaptar para proporcionar uma experiência diferenciada aos clientes.
A autonomia na cozinha é uma arte
O período do Natal é aquele em que, historicamente, as pessoas mais fazem buscas por receitas no Google. Mas, nos últimos cem dias, com o cenário da pandemia do coronavírus em seu auge no Brasil, o número de buscas por receitas no Google atingiu o seu pico, superando todas as outras datas comemorativas já registradas.1
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Como uma espécie de refúgio na pandemia, cozinhar deixou de ser um trabalho cansativo para se tornar ao mesmo tempo uma atividade necessária e também prazerosa. Subitamente, a arte de cozinhar virou ao mesmo tempo solução de saúde, ajudando na melhora da imunidade frente ao coronavírus, prova de autonomia e atividade terapêutica para quem estava em confinamento.
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Cozinhando como um profissional
O comportamento de busca desses últimos meses deixa claro como o ato de cozinhar está mais associado a momentos de entretenimento e prazer na vida das pessoas. Entre outras coisas, os brasileiros dão sinais de ter incorporado a seus pratos um toque artesanal e profissional, fazendo a comida caseira atingir o máximo de qualidade possível — ou seja, se aproximando da experiência dos restaurantes.
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Essa é uma tendência que pode ser notada em todas as regiões do Brasil; no entanto, enquanto algumas estão bem à frente em termos de interesse de busca, outras mostram que podem desenvolver mais esse potencial.
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Adaptar-se para sobreviver
Indo além da mudança de hábito dos brasileiros na hora de comer e beber, há novos desafios para bares e restaurantes diante de incertezas quanto a faturamento, estoques e tudo que envolve esse tipo de operação. Estima-se que, apenas na cidade de São Paulo, 12 mil dos 23 mil restaurantes e bares da cidade tenham fechado com a pandemia.2
Para o chef de cozinha, o profissional, se aproximar do consumidor não é mais apenas uma tendência: é uma realidade.
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E ainda que o delivery seja uma forma de mitigar os efeitos da crise, o diferencial de muitos restaurantes e bares continuará sendo o ambiente e a experiência sensorial oferecida.
Além dos estabelecimentos em si, os fornecedores também deverão encarar transformações na sua operação, especialmente os fornecedores de alimentos e utensílios. Com isso em mente, algumas tendências já podem ser notadas no ecossistema em torno dos alimentos e bebidas, sempre com o apoio do digital:
- Chefs e criadores: com restaurantes fechados, muitos chefs renomados estão se tornando criadores de conteúdo, abrindo suas cozinhas para o público e dividindo as mais diversas técnicas e receitas para compartilhar conhecimento e entreter os chefs de plantão assistindo em casa.
- A cadeia se adapta: o mercado de alimentos e sua cadeia estão aquecidos, oferecendo produtos, serviços, ingredientes e utensílios para completar a experiência dos novos gourmets. Para se ter ideia, alguns fornecedores que antes só atuavam no B2B já estão começando a trabalhar com o consumidor final, especialmente via ecommerce.
- Comer, beber, experimentar: para muita gente, a comida é apenas o fio condutor da experiência completa de ir a um restaurante ou um bar. Como levar essa vivência para dentro de casa? O segredo aqui é encontrar meios de levar esses prazeres à casa das pessoas durante e depois da pandemia.
O consumo de alimentos mudou
De fato, os consumidores não são mais os mesmos. A aceleração digital deu origem a um novo consumidor e uma nova jornada de influência, compra e experiência de marca, com novas demandas para as quais você precisa se preparar. Aqui vão duas dicas para chegar lá:
- O alimento como conforto: é fundamental criar uma conexão emocional com quem busca entretenimento e qualidade no ato de cozinhar. Para isso, encoraje e provoque o consumidor com conteúdos e experiências criativas que o apoiem durante essa navegação. Ofereça receitas práticas e kits para customização de receitas artesanais, revele receitas até agora secretas, ou faça parcerias com indústrias e marcas de equipamentos.
- Repense os pontos de contato: a jornada mudou, e você precisa se preparar para esse novo tipo de consumo e as novas demandas que surgem com ele. Assim, certifique-se de que o seu site está atualizado e atraente, organize suas redes sociais e gere conteúdo relevante para cada perfil de usuário. Entenda essas novas demandas e se prepare!
Para conferir mais dados e insights sobre a realidade do setor de alimentos & bebidas durante e depois da COVID, assista ao vídeo completo da live do Google Academy com Leonardo Longo, Executivo de Contas de Alimentos e Bebidas do Google, e Lívia Sitta, Especialista de Insights para Bens de Consumo do Google, que tiveram como convidado o chef e desenvolvedor de experiências gastronômicas Raphael Despirite.