Em todo o mundo, o distanciamento social mudou de maneira profunda as vidas das pessoas. O isolamento, tanto físico quanto social, se tornou uma espécie de “novo normal” ao redor do planeta. E essa nova realidade mudou a forma como vivenciamos algumas coisas fundamentais, como o tempo e o espaço. A nova rotina também teve um impacto marcante no nosso jeito de trabalhar, de nos divertir e de nos relacionar uns com os outros. Por fim, essas transformações atingiram a maneira de nos expressarmos e de consumirmos produtos, conteúdo e a mídia.
Isso não aconteceu apenas com você ou comigo. Sem sair de casa, outros bilhões de consumidores mudaram seus hábitos devido a essas rupturas. A forma dessas pessoas vivenciarem e satisfazerem as suas necessidades se transformou radicalmente.
Ainda não está claro quanto tempo esse “novo normal” vai durar: há uma chance grande de que tenhamos de passar por algumas ondas de isolamentos e de quarentenas este ano. Ainda assim, nós do Google acreditamos que os profissionais de marketing que compreenderem essas mudanças no comportamento dos consumidores vão estar mais bem preparados para se adaptar ao que virá.
A experiência do consumidor em casa com o tempo e o espaço
O tempo, que antes parecia ser algo ordenado e escasso, hoje está mais fluido. A diminuição drástica no ritmo das atividades realizadas fora de casa aumentou o tempo que passamos sozinhos, junto dos nossos entes queridos, ou mesmo dentro das nossas próprias cabeças. Assim, o tédio, a ansiedade e a incerteza ganharam terreno, fazendo com que as pessoas busquem novas formas de se manter ocupadas, produtivas e tranquilas.
Além disso, como os espaços antes reservados à vida doméstica e à família estão se transformando em escritório/academia/escola/restaurante/centro de entretenimento, organizar a vida se tornou um desafio. Um exemplo: o interesse de busca por “cadeiras de escritório,” “cadeiras de trabalho” e “mesas para computador” aumentou no Reino Unido, enquanto “cliente VPN” cresceu na Alemanha e “criar um endereço de email” teve alta na França.1
Confira uma análise detalhada, disponível em inglês, sobre as tendências relacionadas a tempo e espaço.
A experiência do consumidor em casa com o trabalho e o lazer
Para muitas pessoas, a rotina normal dos dias e das semanas deu lugar a uma mesmice sem fim, um contínuo que embaralha as fronteiras entre as esferas doméstica e do trabalho.
Por isso, os funcionários das empresas estão buscando maneiras de manter a produtividade e de garantir que a dinâmica das suas equipes siga positiva. E em meio à incerteza em relação ao futuro dos negócios, sejam eles grandes ou pequenos, os trabalhadores estão tentando se ajustar e pensar à frente. Notamos, por exemplo, um aumento no interesse de busca relacionado à “formação de equipes” (mais de 9%), na medida em que as empresas planejam ajustes que devem durar muito tempo.2
Enquanto isso, com as restrições a viagens impedindo muita gente de embarcar em um avião ou de se registrar em um hotel, o desejo de vivenciar, explorar e encontrar inspiração em outros lugares se torna mais que um luxo: vira uma necessidade. Quem deseja um escape está se voltando ao digital para se conectar com a arte e com a natureza.
Confira uma análise detalhada, disponível em inglês, sobre as tendências relacionadas a trabalho e lazer.
A experiência do consumidor em casa consigo mesmo e com os outros
A nova realidade fez com que muitas pessoas priorizassem mais o seu próprio bem-estar. Com isso, elas estão se tornando cada vez mais conscientes de sua saúde física, emocional e mental, além de dedicar mais tempo aos pequenos rituais ligados aos cuidados pessoais.
Ao mesmo tempo, as pessoas estão ansiosas para se conectar com suas comunidades, tanto as mais próximas quanto as globais. Enquanto realizamos nossas atividades diárias, queremos estar “sozinhos juntos”, aprendendo e desenvolvendo empatia por pessoas de outros países que também foram impactadas pela crise. Um sinal disso é a alta no interesse de busca por “como ajudar”. Já o termo “sozinhos juntos” cresceu 75% nas buscas desde janeiro, e “amor na quarentena” entrou nas tendências em 13 de março.3
Confira uma análise detalhada, disponível em inglês, sobre as tendências a respeito dos relacionamentos.
A experiência do consumidor em casa com o consumo e os gastos
Os consumidores impactados financeiramente pela COVID-19 estão contendo seus gastos não obrigatórios e focando em necessidades materiais e psicológicas mais imediatas.
Ainda assim, mesmo cortando despesas não essenciais, as pessoas também querem achar maneiras de retribuir e de ajudar aqueles que mais necessitam nas suas comunidades.
Confira uma análise detalhada, disponível em inglês, sobre as tendências relacionadas a consumo e gastos.
Nesse cenário, como fica o marketing?
Juntas, todas essas mudanças profundas no dia a dia levaram as pessoas a fazer uma repriorização dinâmica de como, quando, onde e por que consumir. Isso traz também uma necessidade de se repensar o marketing, que deixa de atender simplesmente as necessidades dos consumidores e passa a atender suas necessidades em casa.
Enquanto trabalhamos nas mudanças do nosso próprio marketing para atender as necessidades dos consumidores em casa, nossas equipes têm feito sempre 3 perguntas:
1. Como estamos ajudando os consumidores, à medida que as suas necessidades mudam?
2. Como estamos nos ajustando a esse novo ciclo de consumo 24/7?
3. Como estamos usando as novidades para ajudar os consumidores a acabar com o tédio?
Ao mesmo tempo que buscamos formas de nos adaptar a esse ambiente totalmente diferente, vamos trazer mais detalhes sobre como as tendências de comportamento estão mudando, e como nós do Google estamos nos adaptando a elas. Enquanto isso, convidamos você a se aprofundar nas tendências que estamos observando, na medida em que os consumidores em casa têm novas experiências com o tempo e o espaço, com o trabalho e o lazer, consigo mesmos e com os outros, e com o consumo e os gastos.