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Passados alguns meses desde o início da pandemia do coronavírus, as pessoas, no Brasil e no mundo, parecem ter se acostumado de certa forma ao isolamento social e aderido de vez aos novos cuidados com a higiene. Ainda assim, o clima é de incerteza, e tirar conclusões sobre como será o futuro pós-COVID-19 pode ser precipitado. Por isso, preferimos olhar para o presente e aprender algo com o que as pessoas estão sentindo e fazendo hoje.
É com essa proposta que trazemos os mais novos dados da pesquisa Vida na Quarentena, feita em parceria com a MindMiners, sobre os impactos da COVID-19 nos hábitos, sentimentos e anseios das pessoas. Vale lembrar que essa pesquisa é realizada semanalmente com 1.000 pessoas de todos os estados do Brasil, a fim de apresentar um diagnóstico do momento com números que reflitam os impactos da quarentena na vida dos brasileiros e na relação dessas pessoas com as marcas.
Buscando conhecimento
Quando a COVID-19 surgiu, a doença era um mistério para muitos. Por isso, as pessoas correram às suas fontes preferidas de informação para buscar saber mais sobre o vírus: seus sintomas, riscos, formas de prevenção e ritmo de propagação. Agora que boa parte desses dados já foi assimilada, o ritmo de busca por informações, segundo a pesquisa Vida na Quarentena, diminuiu.
Na medição feita entre 4 e 6 de junho, 33% das pessoas dizem se informar mais de uma vez ao dia sobre o assunto, contra 51% no primeiro mês. Outro dado da pesquisa é que temas variados, como política, economia e pautas sociais relacionadas a temas como racismo e violência voltaram a ganhar o interesse das pessoas. No entanto, o mais interessante é verificar os sentimentos que essas informações geram nos brasileiros: 39% dos respondentes dizem sentir impotência, e 29% afirmam sentir esperança.
Mudança de hábito
A pesquisa MindMiners aponta que as pessoas estão ansiosas para voltar à vida normal, mesmo que a curva de casos de COVID-19 no Brasil não esteja caindo. O percentual de pessoas que diz estar em quarentena total, sem sair de casa, caiu de 30% no primeiro mês para 23% em junho. Já a proporção daqueles que estão saindo de casa para resolver questões essenciais, como ir ao mercado ou à farmácia, subiu de 40% no primeiro mês de levantamento para 48% em junho. Além disso, a maioria das pessoas diz que, quando passar a pandemia, o que mais quer é encontrar amigos e familiares e sair para passear — ou seja, retomar uma vida de sociabilidade e mobilidade.
O impacto do coronavírus na vida profissional também chama a atenção: enquanto 56% dos respondentes dizem ter tido uma queda na renda durante a pandemia, o número de pessoas que perdeu o emprego subiu de 17% para 23% desde o primeiro mês da pesquisa. No mesmo período, o percentual que se sente improdutivo trabalhando de casa praticamente dobrou: de 14% para 27%.
O sentimento das pessoas em relação à pandemia
Além de conhecer o efeito da pandemia nas ações concretas e na rotina das pessoas, tentamos sondar como a situação impacta na mente e no espírito dos brasileiros. E, nesse sentido, enquanto algumas pessoas dizem sentir preocupação, ansiedade e tédio, elas também afirmam sentir esperança em relação ao futuro. Para 64% dos respondentes da pesquisa, o efeito mais negativo da pandemia é a falta de clareza sobre a sua duração. Por outro lado, pensando naquilo que a crise pode trazer de positivo, os brasileiros veem o ar mais limpo das cidades, o trânsito menos intenso e o maior tempo passado em casa como os fatores animadores. E por falar em ficar em casa, entre os recursos que as pessoas usam para se entreter, o YouTube é o grande destaque. É lá que as pessoas acompanham lives de vários artistas, em uma época sem shows presenciais e em que as pessoas querem (e precisam) se divertir.
A atuação das marcas
E nesse contexto de pandemia, como as pessoas estão percebendo as ações das marcas? Sete em cada 10 acham que as marcas estão atuando de maneira positiva durante a crise, e 72% delas estão mais dispostas a comprar das marcas que se posicionam e agem no combate ao coronavírus.
No entanto, há dois pontos de atenção para as equipes de marketing. O primeiro é que apenas 43% das pessoas lembram das ações das marcas na pandemia. O segundo é que, quando perguntados sobre como as marcas podem atuar, os respondentes disseram que esperam doações e manutenção de empregos — ou seja, eles valorizam iniciativas mais estruturais. Por isso, na hora de agir, lembre-se: é fundamental a marca criar oportunidades sem ser oportunista.
Quer conhecer as conclusões que tiramos de todos esses dados? Samuel Moreschi, Gerente de Insights e Pesquisas do Google, compartilha os insights em mais uma live do Google Academy — e não se esqueça de acompanhar as próximas atualizações da pesquisa.