Quando estive no Festival de Cannes, ouvi reflexões e ideias inovadoras de pessoas talentosas e influentes da nossa indústria e fiquei com vontade de dividir o que eu achei mais importante: Machine Learning, diversidade e vídeo. Há muitas coisas que nós, marcas e especialistas em marketing, precisamos reforçar em todas as conversas, para fazer da nossa indústria um lugar mais autêntico. Vou contar as três que mais chamaram a minha atenção.
Machine Learning: customização em escala
Veja o exemplo do machine learning, uma tecnologia que estamos explorando continuamente no Google e que oferece às marcas a possibilidade de criar interações cada vez mais relevantes e simples com os consumidores.
Entre outras vantagens, a chance de oferecer anúncios relevantes em escala já demonstra a imensa capacidade que esta tecnologia tem para maximizar resultados. Um bom exemplo é o case do Rappi, o aplicativo latinoamericano de pedidos em domicílio, que conseguiu aumentar o número de usuários e entrar em novos mercados da região, implementando recursos de machine learning para otimizar suas campanhas. Desta forma, a tecnologia está reinventando produtos já existentes e dando lugar a novas experiências.
Através das lentes da diversidade, enxergamos tudo melhor
Mulheres no comando, equipes multiculturais, inclusão nas mensagens publicitárias e o fim dos estereótipos: do nosso ponto de vista, a diversidade precisa se fazer presente em todas as esferas do nosso setor. Para anunciar o futuro de um marketing impulsionado pela variedade de perspectivas e experiências, devemos propor hoje uma mudança profunda, de dentro para fora das empresas.
Por este motivo, lançamos em Cannes o Google Creative Campus, uma iniciativa focada em promover uma maior diversidade sociodemográfica, de gênero e etnia nas indústrias criativas. Operando em parceria com a Roger Hatchuel Academy, o programa treinou quarenta e cinco estudantes em Cannes, sendo pelo menos metade deles de grupos historicamente sub-representados em publicidade e marketing. Os estudantes foram selecionados por representantes do festival e, além disso, dez deles receberam bolsas de estudo do Google.
Se uma foto vale mais que mil palavras, imagine um vídeo!
Já estabelecido nos hábitos de consumo digital, o vídeo online permite que a criatividade voe livremente para entregar as mais diversas mensagens ao consumidor. Com plataformas como o Youtube, isso foi além: a comunidade está criando cultura através da produção de conteúdo original e surpreendente.
No ponto alto do festival, lançamos o Youtube Creative Suite, uma coleção de ferramentas e recursos para ajudar as marcas a contar grandes histórias na plataforma, experimentar variações criativas e mensurar o resultado que elas geram. Com o Google Ads, o anunciante poderá medir o impacto dos anúncios em diferentes variáveis, como a intenção de compra, além de gerar relatórios criativos. No futuro, também será possível identificar quais elementos ou momentos de um vídeo influem no desempenho de uma campanha.
Entre outros recursos, se destaca também a ferramenta Director Mix (conhecida aqui como Vogon), que permite criar diferentes versões de um vídeo, personalizando elementos como textos, imagens e trilha, para atrair um determinado público, dentro de um contexto específico. Um caso de sucesso recente foi o lançamento do Samsung Galaxy 8 no Chile: a marca selecionou mais de cem perfis de usuários, desenvolveu cinco vídeos base, de seis segundos de duração, e mais de sessenta textos que ressaltavam os cinco principais atributos do Galaxy 8. E assim, o modelo se manteve em primeiro lugar no ranking de vendas do segmento premium, com uma média de 56% do volume total de vendas do mercado, durante cinco semanas.
O Festival de Cannes já foi há algum tempo, mas me atrevo a dizer que estas questões seguirão presentes em cada conversa sobre o caminho que temos que percorrer para superar os desafios que enfrentamos hoje na publicidade.