Em quase 15 anos de atuação, me especializei na área de digital, e, mesmo com a minha experiência, o ano de 2020 foi um ponto fora da curva, pois nos deparamos com algo inédito: a pandemia. Em um ano com tantas incertezas, procuramos entender como atravessar a crise. Tivemos que nos adaptar a cenários inesperados, o que intensificou a necessidade de ancorar a tomada de decisão em dados. Nessa esteira, a essência data driven da i-Cherry foi fundamental para nortear as soluções sugeridas para os nossos clientes.
Não à toa, o nosso setor de martech se tornou uma das principais áreas da agência. Mas a decisão de dar mais protagonismo aos números veio ainda em 2019, quando unimos algumas de nossas iniciativas na área de martech, responsável por cerca de 25% do share de faturamento. E em 2020, com a área em expansão, nossa expectativa é alcançar 35% do share de faturamento.
E ainda que os números de faturamento sejam animadores, vale lembrar que a cultura data driven requer muito mais que ferramentas: envolve mudança cultural, processual, e implica tomar decisões baseando-se em indicadores reais, com apoio de algoritmos matemáticos e estatística. Nesse contexto, acredito que 3 ações podem fazer toda a diferença para os negócios. Compartilho com você:
1. Maturidade digital: planejando os objetivos da empresa
O primeiro passo para uma empresa adquirir a maturidade digital é apostar em um planejamento claro em apontar os objetivos e metas da empresa. E só a partir daí optar pelas ferramentas que poderão ajudá-la a atingir esses objetivos.
O assessment em maturidade digital é essencial para ter uma visão clara de onde o cliente está e quais passos o levarão para os estágios seguintes. Na i-Cherry, recomendamos um desenho detalhado para a entrada no marketing tecnológico. Isso porque, mesmo que seu cliente não queira investir — ou não possua estrutura suficiente para agregar diversas ferramentas —, ele poderá saber quais são as soluções para melhorar e ampliar sua performance.
Mas é preciso lembrar que maturidade digital não depende apenas de ferramentas de automação, mas também de uma equipe que saiba gerir altos volumes de dados. Somente com um time pronto para utilizar essas ferramentas e stakeholders comprometidos com o planejamento que marcas e empresas poderão conquistar a maturidade digital.
2. Marketing na nuvem: gerindo grandes volumes de dados
Na trajetória de gestão de dados, vimos a quantidade de informações avançar de forma muito rápida — e hoje é impossível gerar bons insights em tempo hábil sem utilizar o machine learning. Mas para fazer o melhor uso da ferramenta passamos a utilizar o Cloud for Marketing, maneira mais segura e eficaz de gerir grandes volumes de dados.
Gerir e ter acesso a dados na nuvem trouxe importantes vantagens para a agência e nossos clientes:
Além desses pontos, o que mais me agrada é, sem dúvida, o resultado que o uso do Machine Learning traz para nossos clientes. Um bom exemplo é um projeto de Lead Scoring com o qual um cliente de e-commerce gerou aumento de 70% no ticket médio para as listas do público do projeto.
3. Cookieless e LGPD: novas mudanças, novas soluções
Importantes mudanças no mercado digital ocorridas em 2020 foram ditadas pelo anúncio do fim dos cookies, que acontecerá em breve, e a Lei Geral de Proteção de Dados brasileira (LGPD). Com uma nova regulamentação do uso dos dados diante da necessidade por uma navegação mais privada e segura, com maior transparência e controle sobre os dados de navegação, temos também novos desafios.
Vale lembrar que, aqui na i-Cherry, já nos preparamos para as mudanças e orientamos nossos clientes e parceiros sobre a melhor forma de proceder de acordo com o caso específico de cada um. E é nesse contexto que a gestão dos dados proprietários pode fazer a diferença.
Próximos passos
Esse ano certamente será lembrado como um divisor de águas. Para quem está no time das empresas com alto ou baixo grau de maturidade digital, é importante investir — ou se ancorar ainda mais — na cultura data driven, enquanto aposta em test&learn. Para não fugir à regra: uma pesquisa indica que empresas customer-centric, com foco em insights digitais baseados em dados, são 60% mais lucrativas que a média1. Com esse ensinamento, fica mais um convite para investir nos dados.