Vamos propor um desafio: pense em algumas figuras públicas, sejam marcas ou pessoas, brasileiras ou estrangeiras, de qualquer gênero ou idade. É bem provável que a maioria dos nomes que você pensou já tenha um canal no YouTube. Por que isso acontece? Para aumentar as conexões com o público. E com um detalhe importante: sem intermediários.
É um cenário novo, do qual a TV não precisa ficar de fora: para ampliar e renovar sua audiência, customizar conteúdo, obter novas fontes de receita e entender melhor as preferências de quem assiste - deixando essa conexão ainda mais interessante. Nessa era de encontro de telas, todo mundo sai ganhando e crescem também as oportunidades para marcas interessadas em explorar maneiras diferentes de se conectar com seu público.
Novos caminhos, novos desafios, novas possibilidades
Ter milhões de pessoas assistindo a vídeos no YouTube fez com que criadores e marcas se desafiassem a fazer mais e melhor. Times de futebol oferecem mais material para torcedores dedicados, rádios complementam seus áudios com informações visuais, músicos cultivam ecossistemas e até países abrem linhas diretas para divulgar seus pontos de vista.
Quem já entendeu e já construiu audiências usando a força dessa parceria
Juntos, sete Broadcasters brasileiros possuem mais de 100 milhões de inscritos - mais do que as populações da Itália e da Argentina somadas - e já ultrapassaram o bilhão de views. O que eles têm em comum?
Para essas emissoras, o pulo do gato foi entender profundamente como o YouTube funciona e de que maneira isso poderia ser usado a seu favor. Muitas apostaram no caminho da segunda tela, produzindo material para complementar o que está sendo transmitido no canal original. Ou mesmo criar conteúdo original, pensado especialmente para a plataforma. A Record apostou nessa estratégia simples e certeira de always on: exibindo conteúdos curtos do reality A Fazenda, que chegam à marca de 100 milhões de views por mês.
E por que não usar a plataforma para conquistar novos públicos? O SBT fez isso e hoje conta com plateias cativas que assistem a pegadinhas do tipo câmera escondida ou acompanham Chiquititas. A novela infantil é um bom exemplo de como uma emissora consegue atrair audiências mais jovens - nascidas já no digital - aproveitando conteúdo que já possuía. Outro formato interessante é o da novela As Aventuras de Poliana, que tem um canal dedicado apenas à personagem protagonista, o Luca Tuber.
Como as marcas podem brilhar nesse cenário?
Não faltam oportunidades para aproveitar a conexão entre emissoras de TV e Youtube. As audiências de Record, RedeTV, Band e SBT no YT forneceram para o projeto que será mostrado a seguir um impacto de 34 milhões de pessoas, com mais de 240 milhões de impressões de mídia. Com números tão potentes e a possibilidade de encontrar audiências qualificadas, os anunciantes podem aumentar seu alcance sabendo, de fato, como encontrar o público com quem querem dividir cada mensagem.
Um exemplo muito representativo é o caso de uma marca de Vídeo Streaming, que originalmente tinha o objetivo de trabalhar tanto o conhecimento de marca como um de seus produtos, um novo lançamento.
A estratégia inicial e tradicional desse cliente apostava tanto na TV aberta como no digital, mas ele topou o desafio de acrescentar a compra de espaço nos mesmos canais com que já trabalhava em off, como Record, RedeTV, Band e SBT, mas agora dentro do YouTube, estabelecendo uma conexão inédita. O objetivo era aumentar o alcance da campanha, atingindo também uma fatia de público que prefere assistir a vídeos online. Os resultados não deixam dúvidas de que foi uma boa escolha.
A pesquisa da Brand Lift que avaliou a campanha mostrou que entre as pessoas que viram os anúncios, houve um aumento do interesse pela marca de 152%. Já o interesse pela série anunciada teve um crescimento de mais de 400%.
Ao longo da campanha, eles perceberam também que 30% da entrega foi feita, quem diria, em Smart TVs. Ou seja, as pessoas assistem à programação de canais de TV pelo YouTube, conectadas à uma TV.
Brincadeiras à parte, o fato é que esse caso ilustra uma tendência que deve crescer: a de TVs conectadas ao YouTube. Mais um motivo para a gente entender e explorar, cada dia mais, as possibilidades infinitas desse encontro.
As pessoas vêm mudando a maneira como se relacionam com o conteúdo, que, como diz o ditado, continua sendo soberano. Mas vem sendo apresentado e consumido de maneiras diferentes, para a comodidade de quem mais importa: o público. E entender isso será fundamental daqui pra frente.