"No futuro, assistir à TV será uma experiência exclusiva para cada pessoa", diz o Chief Product Officer do YouTube, Neal Mohan. Veja o que isso significa para os anunciantes.
Há vinte anos, as pessoas se encantaram com uma nova invenção: a Web TV. O equipamento prometia inaugurar uma nova era de entretenimento interativo, em que a televisão e a internet se juntariam para oferecer aos consumidores o melhor dos dois mundos, no conforto de suas salas de estar.
Mas, apesar de toda a empolgação, por conta de ineficiências de hardware e software, a Web TV nunca decolou. Décadas depois, temos hardware, software e conteúdo adequados para que a Web TV não só emplaque definitivamente, mas também proporcione uma experiência única e personalizada. E isso tem consequências revolucionárias para os anunciantes, quando se trata de alcance, segmentação e medição de resultados.
O futuro é agora
No futuro, sua experiência diante da TV será diferente da de qualquer outra pessoa. Será uma aventura exclusiva, com uma mistura de TV tradicional e conteúdo em vídeo digital, feita especialmente para você, com recomendações personalizadas por machine learning e opção de adicionar pitadas da sua rotina neste mix.
Essa visão ainda não se materializou completamente, mas não estamos muito longe disso. Ao longo dos últimos anos, os espectadores vêm optando pelo bom conteúdo, não importa de onde ele venha. Como resultado, surgiram duas novas experiências de entretenimento: a TV como um portal de conteúdo personalizado, e o que eu costumo chamar de "TV 2.0". Esse é o futuro que estamos desenvolvendo no YouTube.
TV como um portal de conteúdo personalizado
Como observamos nos EUA, as pessoas podem até estar cancelando suas assinaturas de TV a cabo, mas isso não significa a morte desse tipo de tela. Na verdade, a TV é o aparelho que mais se fortalece quando analisamos as execuções de vídeo no YouTube, com um crescimento de 70% no ano passado1.
O mobile ainda representa 60% do tempo total de exibição do YouTube 2, mas apesar de toda a conveniência e flexibilidade que o celular trouxe para as nossas vidas, no fim das contas, as pessoas adoram uma tela grande. Por este motivo, não é nenhuma surpresa que o volume de conteúdo assistido no YouTube em TVs aumente durante o horário nobre e nos finais de semana.
TV 2.0
Ao mesmo tempo, o consumidor de hoje espera que a TV seja muito mais que uma simples tela, isso porque as pessoas ainda gostam do conteúdo televisivo tradicional. Elas amam assistir a esportes ao vivo, telejornais, seriados e novelas. O que elas não gostam são as limitações impostas pelas TVs aberta e a cabo.
Hoje em dia, as pessoas querem acesso ao conteúdo que adoram (seja a novela das oito ou um vídeo criado por um YouTuber) de um jeito personalizado, interativo e flexível. Em outras palavras, elas querem o melhor da TV combinado com o melhor da internet.
Um futuro a ser celebrado pelas marcas
Esses dois novos modos de assistir à TV antecipam que o futuro da televisão como entretenimento será excepcional para os consumidores, com mais controle, flexibilidade e interatividade (coisas que o vídeo digital já oferece). Mas o futuro também parece promissor para os anunciantes, já que com uma TV mais personalizada, eles conseguirão melhor alcance, segmentação e medição de resultados.
Melhor alcance: combinando e fracionando o alcance publicitário da TV e do vídeo online, a televisão do futuro vai proporcionar às marcas uma cobertura maior e mais ágil do que é possível ter hoje. Você poderá ter melhores resultados usando a personalização para impactar audiências, antes difíceis de alcançar, e não terá que se preocupar se vai impactar acidentalmente a mesma pessoa com a mesma mensagem em diversas plataformas.
Melhor segmentação: junto a essa TV mais personalizada, veremos também uma melhoria na capacidade de segmentação das campanhas. As marcas poderão fazer com que cada anúncio seja relevante para quem estiver assistindo e esteja alinhado com o conteúdo exibido. Os anunciantes não precisarão mais bombardear toda a família com o mesmo anúncio, na esperança que em algum momento a "dona de casa" assista. Você poderá falar com ela individualmente (os dados de login serão os dela) e veicular um anúncio perfeitamente adaptado ao que ela estiver assistindo.
Melhor medição de resultados: por último, a TV do futuro permitirá às marcas medir o impacto de seus anúncios com uma riqueza e precisão que vai muito além das antigas classificações de lares atingidos. Nesse novo modelo, a TV ganha a mesma capacidade de mensuração da web, dando fim à adivinhação. Você saberá quem viu cada conteúdo, e qual foi a ação que tomaram a partir disso.
Há vinte anos, existiam muitas restrições para que a TV pela internet desse certo. Agora, a promessa está sendo cumprida. Eu não sei exatamente o que vai significar "assistir à TV" em 2038, mas posso apostar que será uma experiência melhor e que a publicidade ficará bem mais eficiente do que hoje podemos imaginar.