Compras de supermercado feitas pela internet, refeições preparadas em casa e uma busca por receitas que tragam o bem-estar que antes era encontrado na rua: esses são alguns dos novos hábitos alimentares que surgiram nos meses de pandemia no Brasil. Essas transformações são detalhadas em três lives do Google Academy, que oferecem perspectivas para se pensar em inovações para se adaptar às novas formas de consumo.
Um hábito que já estava em crescimento foi imensamente acelerado com a pandemia: as compras de alimentos e itens de higiene e limpeza online. Para manter o isolamento e se proteger da COVID-19, um número cada vez maior de pessoas está fazendo as compras de supermercado em meios digitais. As vendas pela internet de categorias de alto giro aumentaram 46% entre fevereiro e maio de 2020.1 Os brasileiros enfim cruzaram o que era considerada a última fronteira das compras online: o varejo alimentar.
Esse novo comportamento pode ser adotado pelos consumidores a longo prazo. 51% das pessoas que aderiram ao e-commerce de alimentos dizem que continuarão com o hábito mesmo após a quarentena.2 Como convencer a outra metade a continuar fazendo as compras de supermercado online?
A melhor solução para o varejo alimentar é a junção do digital com o físico, aposta Antonella Weyler, especialista de insights para o varejo do Google. Isso porque, mesmo entre os e-shoppers, as lojas físicas continuam sendo importantes. Por isso, unir a conveniência das entregas em casa, o cuidado e o toque humano do comércio físico é um caminho para trazer mais segurança para o consumidor digital.
A pandemia mudou não apenas a maneira como as pessoas compram comidas e bebidas, mas também o que elas compram. Com um cenário de incertezas, muitos passaram a procurar mais conforto na alimentação. Buscas de receitas afetivas tiveram aumentos extraordinários, como bolinho de chuva (130%) e bolo de cenoura (81%).3 Passados alguns meses de isolamento social, o foco mudou para a preocupação com a saúde, com 51% dos consumidores priorizando alimentos de origem natural e sem conservantes.4 Seja para aumentar a imunidade, seja para perder os quilinhos acumulados durante o confinamento, a saudabilidade é uma tendência do consumo alimentar atual.
Uma grande mudança trazida pela pandemia foi a popularização da comida caseira. Com restaurantes fechados e as pessoas passando mais tempo em casa, cozinhar as próprias refeições se transformou em hobby, além de ser uma maneira de economizar durante um período de incertezas e instabilidade financeira. Durante a pandemia, o número de buscas por receitas no Google atingiu o seu pico, superando até mesmo a época de Natal, período em que esse tipo de procura dispara.5
O aumento de buscas por itens gourmet e eletroportáteis mostra como o ato de cozinhar está sendo associado a momentos de prazer na vida das pessoas. Os brasileiros parecem tentar recuperar a experiência dos restaurantes em casa, com refeições artesanais e de alta qualidade. Nesse cenário, muitos chefs se tornam criadores de conteúdo, compartilhando técnicas e receitas com o público — uma maneira de se reinventar após o fechamento dos restaurantes.
Com a alimentação ganhando um lugar cada vez mais importante na rotina das pessoas, o varejo alimentar tem uma oportunidade de se expandir. Mas é preciso inovar e se adaptar à nova realidade de consumo de comidas e bebidas dos brasileiros, que buscam cada vez mais segurança na hora das compras.
O Google Academy tem buscado ajudar marcas, empresas e profissionais do mercado disponibilizando gratuitamente lives interativas com treinamentos e insights de negócios — na nossa collection, marcas, empresas e profissionais têm acesso a todo esse material.