Há cerca de um ano, os escritórios começaram a reabrir. Cada empresa fez de um jeito, mas o híbrido virou a nova realidade da maioria. Para esse formato funcionar, a colaboração ganhou ainda mais destaque, especialmente em face ao impacto do híbrido na relação entre colaboradores e gestores.
Mas como tem sido essa volta aos escritórios? Quais são os desafios do modelo híbrido? Para entender melhor este processo, a IDC Brasil, a pedido do Google Workspace, realizou uma nova edição da pesquisa O Futuro do Trabalho no Brasil. Se em 2021 o estudo girou em torno da possibilidade de retomada do presencial, neste ano o que se destaca é a liberdade de escolha das pessoas, que estão mais adaptadas e aptas a definir suas preferências.
Confira a seguir os principais dados e insights que podem ajudar lideranças e profissionais a navegar melhor por essa nova realidade que se impõe.
A consolidação do trabalho híbrido
Onze meses. Essa foi a média de tempo de trabalho totalmente remoto entre os brasileiros durante a pandemia.1 E agora que a recomendação para trabalhar de casa por motivos sanitários e de saúde pública não está mais em jogo, esse modelo mais flexível se tornou a chave para aqueles que buscam equilíbrio pessoal e profissional.
Entre os entrevistados, 56% das pessoas estão trabalhando de forma híbrida — um aumento de 12% em relação a 2021.2 Dessa maioria, 82% entendem esse formato como definitivo, ou seja, o modelo foi decidido e comunicado pela empresa a seus funcionários.3
Mas a escolha não tem sido apenas dos empregadores. Na hora de optar por permanecer em uma empresa ou buscar outra vaga, a pesquisa mostrou que o modelo de trabalho é um dos fatores mais importantes para 36% dos entrevistados — ficando abaixo somente de remuneração e benefícios (38%), construção de um plano de carreira (49%) e manutenção da qualidade de vida (51%).4
A consolidação do híbrido como o modelo preferido dos entrevistados não é coincidência. A avaliação do formato é muito positiva entre os adeptos: 81% dizem que o modelo aumenta a capacidade de se adaptarem rapidamente às mudanças que acontecem todos os dias, e 75% ganharam bem-estar e saúde mental depois que começaram a trabalhar em casa e no escritório.5 Por fim, 58% dessas pessoas também afirmam que se sentem muito produtivas no modelo híbrido.6
Nem tudo são flores
A ideia de uma “retomada” escondeu o que esse período de fato traz: uma nova transição, repleta de novos desafios e aprendizados. Uma das maiores dificuldades é a participação, em pé de igualdade, nas reuniões de trabalho. 73% consideram que a experiência em reuniões é melhor e mais inclusiva quando todos estão conectados da mesma forma — resposta que vai a 83% entre pessoas de 18 a 21 anos.7
Outro elefante na sala são as obrigações sociais veladas, o famoso “será que pega mal se…”. Por exemplo, por mais que as regras de cada formato sejam claras, 43% se sentem na obrigação de ir ao escritório sempre que a liderança estiver na empresa.8 A imprevisibilidade do modelo híbrido também é uma questão relevante: na mesma semana ou até de um dia para o outro, quem está no híbrido pode ver a carga horária mudar se está trabalhando em casa ou no escritório.
Vale lembrar também que a volta não é somente ao escritório, mas às pessoas. Por mais que o contato presencial seja retomado, o formato híbrido não resolve o desafio de construir relações e pode ser um entrave à construção da cultura de uma empresa, principalmente considerando um cenário onde novas contratações passam menos tempo no escritório. Não à toa, 62% das pessoas consideram essencial que novos colaboradores trabalhem mais dias do escritório durante a integração.9
Diante de todos esses desafios, algumas dicas podem ajudar as lideranças, como abraçar as particularidades de cada geração para que todos vivam a mesma experiência; criar valor para os dias de ida ao escritório, para que ela seja menos protocolar e mais atrativa; integrar quem está chegando com quem já está na empresa; e definir estratégias claras, que não tirem a autonomia das pessoas.
O poder da colaboração
Uma coisa é certa: não se pode pensar em um formato de trabalho no qual as pessoas estão em lugares, rotinas e com tensões diferentes, sem falar em colaboração. Em diferentes níveis e contextos, colaborar deixou de ser apenas um jargão para entrar de vez na rotina das empresas. Colaborar está relacionado a trabalho em equipe, fazer juntos em nome de um objetivo maior, à parceria, apoio e crescimento.
As pessoas sentem que estão colaborando mais e melhor. Dos entrevistados, 90% consideram sua capacidade de colaborar como alta ou muito alta, e entre aqueles que estão no formato híbrido, 45% dizem que colaboram mais quando estão remotos.10
Mas qual a melhor forma de colaborar em um contexto híbrido? Bem, não existe resposta definitiva para essa pergunta, mas há caminhos.
Soluções que vêm para somar
Com as pessoas mais adaptadas às recentes transformações e se sentindo mais capazes de contribuir dentro dos formatos flexíveis de trabalho, o uso das soluções de colaboração evolui naturalmente. As ferramentas disponíveis no Google Workplace, por exemplo, auxiliam no desenvolvimento do trabalho como um todo, aceleram o desenvolvimento de novos produtos e serviços, e podem transformar a forma como a empresa soluciona problemas.
Observar e entender como a sociedade se organiza e se reorganiza é fundamental. Por conta das mudanças dos últimos anos, passamos a reavaliar as nossas vidas como um todo, e com o modelo de trabalho não foi diferente. Passamos a entender o espaço que o trabalho guarda nas nossas vidas e, com isso, o híbrido se torna cada vez mais um fator a ser considerado na atração e retenção de talentos.
Além disso, vimos que todas as mudanças fizeram crescer o desejo dos profissionais brasileiros de colaborar, ao passo que as barreiras para o uso das soluções de colaboração diminuíram. Esses dois fatores, somados a formatos de trabalho cada vez mais flexíveis, podem ajudar negócios a ganhar cada vez mais agilidade e a inovar.
Acesse a pesquisa completa para conhecer os insights e desafios das empresas brasileiras após um ano de trabalho híbrido.