A IA na criação de futuros
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Maio de 2024Compartilhe esta página
A IA na criação de futuros
Maio de 2024O momento da inteligência artificial é agora. E ela tem força para ser um motor de transformação bem além do marketing e dos negócios. Nesta conversa com Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, o artista multidisciplinar Refik Anadol ajuda a expandir os horizontes sobre o uso da tecnologia.
Um dos maiores nomes do mundo quando se trata de arte que envolve inteligência artificial, Anadol já expôs em grandes museus, como o MoMA, em Nova Iorque. Neste vídeo ele compartilha sua visão sobre a IA como uma ferramenta de apoio ao pensamento intelectual — e o papel fundamental das pessoas em fazer perguntas, cada vez mais e melhores, que inspiram a criação de futuros.
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Refik Anadol: Mas na vida cotidiana, enxergo essas ferramentas como instrumentos fascinantes de esboço para o pensamento intelectual. E para a mente criativa eu as vejo como um pincel pensante que nunca seca. Tudo se resume aos humanos em fazer a pergunta e a perguntar mais e mais, para melhorar a nossa busca.
Apresentação do vídeo: A IA na criação de futuros
Fábio Coelho: Olá, eu sou Fábio Coelho, Presidente do Google aqui no Brasil.
Há quase uma década, desde 2016, o Google vem se posicionando como uma empresa AI-first, focada no desenvolvimento ousado e responsável dessa tecnologia.
Nós acreditamos no potencial da IA não somente no marketing e nos negócios, mas em vários âmbitos como, por exemplo, saúde, cultura e muito mais.
Por isso, hoje estou aqui com um convidado muito especial, que também compartilha dessa visão. Refik Anadol, artista multidisciplinar que já expôs no MoMa, em Nova Iorque, e é um dos maiores nomes do mundo quando se trata de arte que envolve inteligência artificial.
Vamos falar sobre como essa tecnologia pode ser um motor para o futuro da criatividade.
Eu tenho algumas perguntas para você. E a primeira pergunta é sobre a sua residência no Google Artists and Machine Intelligence Program, foi por volta de dois mil e dezesseis, certo?
Refik: Isso!
Fábio: Dois mil e dezesseis. Isso foi uma colaboração fascinante. Você pode contar um pouco para a gente sobre a sua jornada com o Google, como essa relação começou e se desenvolveu ao longo dos anos?
Refik: Muito obrigado, Fábio. Primeiramente, eu estou tão feliz de estar no Brasil, em São Paulo, nessa ocasião incrível.
Fábio: Estamos felizes em recebê-lo.
Refik: É uma conexão muito especial. E especialmente nesse projeto, em dois mil e dezesseis, como artista, eu não sabia como usar a IA. Eu sabia como usar computadores, algoritmos, dados… Eu sabia produzir arte em outras condições.
Mas o conceito da IA como uma extensão da mente, uma máquina que pudesse me ajudar a visualizar os dados com uma perspectiva diferente… Isso sempre foi um sonho.
Então, essa residência permitiu a mim e à minha equipe que pudéssemos entender de verdade como trabalhar com a IA, como compreender os dados sob uma perspectiva diferenciada. Mas mais do que isso, como trabalhar com computação em nuvem e assim criar uma nova forma de arte. Então, acho que foi nessa residência que pude cunhar os termos 'Pintura de Dados com IA' e 'Escultura de Dados com IA'.
Refik: Recebemos um milhão e setecentos mil documentos de uma biblioteca de Istambul, em código-aberto, registros culturais lindos. Nós pudemos treinar uma rede neural de IA para analisar esses documentos e transformá-los em outra biblioteca de IA tridimensional. E oito anos atrás, foi literalmente a primeira vez, acredito, que a IA foi utilizada assim em um espaço público.
Fábio: Uau. 'Pintura de Dados com IA' e 'Escultura de Dados com IA'.
Fábio: Fábio: Considerando a maneira como a inteligência artificial trouxe vida para, por exemplo, o Walt Disney Concert Hall. Aquilo foi impressionante, incrível. O conceito de 'dar consciência' a uma construção é instigante e é uma das coisas que me faz admirar ainda mais o que vocês fazem. O seu trabalho sugere uma abordagem realmente inovadora com a IA. Você pode nos contar mais sobre o processo criativo por trás disso?
Refik: Foi em dois mil e oito, quando eu…
Fábio: Dois mil e oito?
Refik: Isso, dezesseis anos atrás.
Eu fiz a minha primeira projeção mapeada em Istambul e eu pude ver o quanto é fascinante, quando usamos luz como material e projetamos em um prédio. Podemos ir além do que vemos. Mas isso foi antes da IA. Oito anos depois, quando eu consegui a residência no Google Residency, eu tive a certeza que a IA seria parte das construções e que ela poderia se comunicar, e conversar com a gente. E, sabe, ter um novo tipo de pigmento, um material que é melhor que concreto, vidro e aço. Então, lá na residência, tive a confirmação de que quando a hora chegasse, deveríamos aplicar esses algoritmos e lógica pelo mundo. E a Filarmônica de L.A., que fica em Los Angeles, em um prédio super importante projetado pelo Frank Gehry, é uma representação cultural linda. A casa da Filarmônica de Los Angeles. E eles me convidaram para a cerimônia do centenário, para celebrar a construção e também a instituição. E graças à colaboração com o Google Arts and Culture, pude trazer essa mistura incrível entre o Google, a Filarmônica de Los Angeles e o nosso estúdio. Pudemos criar o WDCH Dreams. Para isso, nós usamos todos os registros dos últimos cem anos, todas as músicas… Bom, a maioria foi música, porque eles fazem composições musicais instrumentais, belíssimas. Mas tínhamos ingressos, pôsteres — o próprio prédio — os desenhos do projeto do Frank Gehry. Combinamos tudo isso e deixamos a IA lembrar esses últimos cem anos, mas também sonhar com os próximos cem.
Fábio: Fica muito claro que a chave para a tecnologia está não só no poder dela, como você mencionou sobre o Google, mas também no talento humano que a conduz. Assim como na sua abordagem, o fator humano é indiscutivelmente importante para os negócios, a publicidade e o marketing.
Qual conselho você daria para os profissionais dessas áreas?
Refik: Enxergo essas ferramentas como instrumentos fascinantes de esboço para o pensamento intelectual. E para a mente criativa eu as vejo como um pincel pensante que nunca seca. Tudo se resume aos humanos em fazer a pergunta, e a perguntar mais e mais, para melhorar a nossa busca.
Fábio: E, sem sombra de dúvidas, esta é a hora da IA. Este é o momento para a IA. E é importante ter uma perspectiva ampla, e a mente aberta para tudo que a IA pode fazer para ajudar as pessoas, mas também para auxiliar os negócios.
Então, muito obrigado pela sua presença e parabéns pelo seu trabalho incrível!
Refik: Muito obrigado!
Fábio: Obrigado.
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