A IA amplia a conexão entre marcas, fãs e criadores no YouTube
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Novembro de 2024Compartilhe esta página
A IA amplia a conexão entre marcas, fãs e criadores no YouTube
Novembro de 2024O ecossistema digital está redefinindo a interação dos fãs com o conteúdo, abrindo um universo de possibilidades para a expressão criativa e transformando a cultura pop.
Neste novo episódio de AI Conversation, Ramiro Sanchez, Sr Marketing Director para Google LATAM, e Karla Agis, Líder de Cultura e Tendências do YouTube para Canadá e América Latina, aprofundam-se na última edição do Relatório de Cultura e Tendências do YouTube, que explora o fascinante mundo dos fandoms no YouTube e o papel transformador da inteligência artificial na plataforma.
Juntos, revelam como os fãs estão utilizando a IA para remixar, reinventar e reimaginar o conteúdo que amam, levando sua criatividade para novos horizontes. Além disso, exploram como as marcas podem aproveitar o poder dos fandoms para fomentar conexões mais profundas com seu público.
Para explorar mais entrevistas como essa, explore a playlist AI Conversation.
Ramiro Sanchez: Olá, sou Ramiro Sanchez, CMO do Google na América Latina.
Muito mais do que uma plataforma de vídeos, o YouTube é um espaço onde as paixões ganham vida. Aqui, as comunidades de fãs, os chamados “fandoms”, não só compartilham interesses, mas também criam e dão forma à cultura. E eles não estão sozinhos. Agora, contam com um recurso muito poderoso: a inteligência artificial. No México, por exemplo, descobrimos que 62% das pessoas estão interessadas em usar a inteligência artificial para se inserir em histórias, mídias e conteúdos, ou torná-los mais pessoais.
Hoje vamos explorar como as marcas podem criar conexões profundas com os fãs e o poder da inteligência artificial para potencializar essa relação.
Sanchez: Neste novo episódio de AI Conversation, nossa convidada é Karla Agis, líder de Cultura e Tendências para o Canadá e a América Latina no YouTube. Olá, Karla, é um prazer tê-la aqui.
Karla Agis: Não, o prazer é meu de estar aqui com você, e bem-vindo ao escritório da Google no México.
Sanchez: Muito obrigado. Desde criança, sou fã de... Bem, isso entrega um pouco a minha idade, mas sou fã de Madonna, Kylie Minogue e, na América Latina, de onde sou, Argentina, claro, de Soda Stereo.
Mas sei que o fandom tem uma outra dimensão no YouTube. Como isso funciona?
Agis: Veja, justamente, minha equipe tem se dedicado bastante a estudar como os fandoms se comportaram no YouTube no último ano, e percebemos que partimos do princípio de que todos somos fãs de alguma coisa, desde fãs casuais até fãs profissionais.
Mas é no YouTube que essas comunidades encontraram um lugar para se conectar, principalmente para achar esses espaços comuns e também para participar deles. Descobrimos que existem três tendências principais nesse fenômeno do fandom.
A primeira é como essas comunidades deixam de ser espectadores que consomem conteúdo para ser espectadores que criam conteúdo. Vemos que 65% dos mexicanos afirmam que estão interessados em usar inteligência artificial para remixar conteúdo multimídia, seja de cinema, música ou televisão.
Além disso, também observamos as diferentes formas de participação que os próprios criadores de conteúdo estão criando. É muito interessante, especialmente na Geração Z, pois vemos que mais da metade dos mexicanos da Geração Z acredita que eventos como o Coachella, por exemplo, ou o Oscar, não seriam completos sem todo o conteúdo que é gerado, desde reações até comentários dos criadores.
E, em terceiro lugar, também temos a parte em que a cultura pop que está surgindo vem do ecossistema digital e dos criadores. E isso é superinteressante, pois, pela primeira vez, estamos vendo como fenômenos como Skibidi Toilet ou Five Nights at Freddy's, que surgem a partir da participação das comunidades digitais e que eles mesmos elevam essas novas propriedades intelectuais ao ponto de competirem com algumas já estabelecidas pelos meios tradicionais.
Sanchez: E estamos falando do YouTube, estamos falando de criadores e de fãs. Agora, como CMO vejo que falta o terceiro componente fundamental do YouTube, que são as marcas. Então, como as marcas podem aproveitar esse fenômeno e se envolver nesse movimento dos fandoms?
Agis: E uma excelente pergunta. E aqui é crucial que as marcas não apenas entendam as dinâmicas dos fandoms, mas que estejam dispostas a adotá-las. É muito importante saber quais são os pontos em comum entre o público, suas paixões, e como agora podem viver em contato com a marca.
Além disso, criar espaços onde seja possível ver esses fandoms. Falamos muito sobre essas dinâmicas dos fandoms mas também sobre ceder o controle aos fãs e fazê-los participar das mensagens. Agora, sim, o sucesso futuro das marcas vai depender do quanto elas desejam empoderar essas comunidades.
Sanchez: Karla, já que menciona inteligência artificial, um tema que, para todos que trabalhamos com marketing, nos fascina: que papel você acha que essa tecnologia tem no crescimento dos fãs no YouTube?
Agis: Definitivamente, vai ter um papel-chave. Acho que vai potencializar e promover o crescimento da criatividade que já estamos vendo na plataforma, quando os criadores de conteúdo podem usar essas ferramentas para ver diferentes ideias traduzidas de outras maneiras.
É superinteressante notar que 69% dos mexicanos entre 14 e 44 anos concordam que a inteligência artificial lhes permitiria ser mais participativos nas coisas de que são fãs. Isso diz muito sobre este comportamento de não apenas participar da conversa mas também na hora da criação.
E isso também se reflete no Brasil com 71% acreditando que esses avanços tecnológicos resultarão em conteúdo muito mais interessante. Portanto, estamos falando de uma mudança contínua na percepção da inteligência artificial e de como o YouTube tem um papel central nisso.
Sanchez: Adoro ver como no YouTube há uma convergência da inteligência artificial com a criatividade dos criadores e fãs. E, para nós que trabalhamos com marketing, o que mais nos interessa é desenvolver audiências. E desenvolver audiências, na época em que eu estudava significava criar uma conexão emocional com aqueles que desejam nossos produtos nos termos de hoje, é gerar comunidades de fãs.
Agis: Com certeza. Isso será essencial. Acho que agora os fãs assumirão um papel central na decisão não apenas de quais conteúdos, mas também de como são produzidos, quais são os formatos em tendência e, principalmente, para onde vai a cultura popular e, logo, a mensagem e as estratégias de marketing das marcas.
Sanchez: E, Karla, para terminar esta entrevista adoraria fazer três perguntas rápidas.
Uma palavra para definir inteligência artificial.
Agis: Revolucionária.
Sanchez: De quem ou do que você é verdadeiramente fã?
Agis: Sou fã de cinema de ficção científica e moda de alta costura.
Sanchez: E uma mensagem final para as marcas que desejam se conectar com os fandoms no YouTube.
Agis: Gostaria de dizer-lhes que a cultura dos fãs agora vai determinar muito da cultura popular. E o sucesso das marcas definitivamente vai depender de que elas também adotem essas dinâmicas dos fãs, não apenas para fazê-los participar de suas mensagens, mas também para lhes dar liberdade em suas campanhas.
Sanchez: Definitivamente, uma nova etapa para o marketing. Muito obrigado por participar deste episódio de AI Conversation.
Agis: Não, o prazer é meu, muito obrigada pelo convite.
Sanchez: E muito obrigado a vocês, e já sabem: inscrevam-se e curtam.
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