Phil Sharp, gerente de produto do Google Arts & Culture, conta como o aplicativo pretende deixar o mundo das artes mais acessível e atraente para todos os tipos de público por meio da inteligência artificial.
Para começar, eu queria falar um pouco sobre o Google Arts & Culture e como funciona nosso trabalho aqui no Brasil.
O Google Arts & Culture foi fundado em 2011 como uma iniciativa sem fins lucrativos. Nosso objetivo é criar ferramentas e tecnologias que possibilitem a parceiros como museus, galerias de arte e instituições culturais levar seus acervos para além das quatro paredes da instituição e compartilhá-lo com uma audiência global.
Junto com mais de 1700 museus em 70 países, o Google Arts & Culture vem trabalhando para dar acesso à informação para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo e completamente de graça. Hoje, já exibimos mais de seis milhões de obras de arte e artefatos e mais de 6000 exposições, mas esse é um trabalho que nunca acaba. Na verdade, estamos só começando.
O Brasil é um exemplo sensacional desse trabalho e nossos mais recentes parceiros são daqui.
Em 2012, incluímos os quatro primeiros museus brasileiros na plataforma. Hoje já são 57, dos quatro cantos do país, incluindo algumas das instituições culturais mais icônicas e adoradas pelos brasileiros. Essas parcerias resultaram em vários projetos muito empolgantes. Por exemplo, em 2013, usamos a tecnologia do Street View para permitir que qualquer pessoa pudesse visitar a incrível coleção do Inhotim. Em 2016, capturamos vários exemplos da herança cultural do Rio de Janeiro. Neste ano, lançamos um projeto global focado em arte contemporânea com a contribuição de importantes parceiros brasileiros. Aliás, estamos sempre incluindo parceiros e projetos daqui no Google Arts & Culture - acabamos de lançar uma nova funcionalidade sobre o movimento tropicalista.
Grande parte do nosso trabalho é digitalizar as sensacionais coleções de nossos parceiros para preservar essas peças online, mas nós também queremos ajudá-los a se conectarem com novas audiências de um jeito mais interessante e divertido.
Estamos sempre nos perguntando: "Como o Google pode ajudar nossos parceiros a inovar por meio da tecnologia?". Vou usar como exemplo uma funcionalidade que acabamos de lançar aqui no Brasil. Agora, os brasileiros podem tirar uma selfie e descobrir na hora que obra de arte mundial é, literalmente, a sua cara. Basta abrir o app do Google Arts & Culture no smartphone, e acessar a opção "Pesquisar com sua selfie". Esse é um jeito incrível de se conectar com obras de arte que provavelmente você não conheceria de outra forma. Além de ser muito divertido de compartilhar com os amigos.
Essa funcionalidade já foi lançada em outras partes do mundo e os usuários já fizeram nada menos de 75 milhões de selfies com ela. Agora ela está disponível para os brasileiros curtirem no app Google Arts & Culture com mais de 500 retratos das coleções de parceiros locais, uma contribuição realmente significativa.
A funcionalidade Art Selfie é um exemplo de como a inteligência artificial pode ser usada para criar conexões mais interessantes e divertidas com a arte e a cultura, mas há muitos outros. Você pode conhecer todos na página g.co/experiments, onde hospedamos vários experimentos com AI.
O meu favorito é o "Art Palette" que usa uma combinação de algoritmos de visão computacional para encontrar a obra de arte que combina com uma determinada paleta de cores. Nós acreditamos que esse experimento tem um potencial real dentro de indústrias criativas como o design de interiores e de moda. Na verdade, nós já até fizemos um projeto com o estilista Paul Smith, que ama essa ferramenta.
A inteligência artificial pode ser extremamente útil e divertida quando empregada com criatividade e o Google Arts & Culture tem grandes planos para expandir seu uso cada vez mais tanto no Brasil quanto pelo mundo levando acesso à arte para todas as pessoas.