Um novo ano chegou, mas o contexto ainda é de incertezas. Mesmo em 2021, continuamos nos perguntando: como as pessoas se comportam nas lojas físicas? Quais fatores influenciam suas decisões? Qual foi o papel do online nesse contexto? O que a pandemia e o distanciamento social modificaram nas sazonalidades?
Com ajuda de dados e insights do Waze, reunimos tendências de comportamento durante 2020 que irão nortear os mais diversos negócios também em 2021.
As sazonalidades alavancam as compras em loja física
Com o anúncio da pandemia e o consequente isolamento social, o nível de navegação total no Waze sofreu uma brusca queda. Diante desse cenário, uma das grandes perguntas que nos fizemos no começo da pandemia foi se o consumo se tornaria 100% digital. Mas os dados do mercado e de navegação do Waze nos mostraram que a nova realidade uniu o consumo on e offline.
A retomada nas navegações para lojas físicas foram puxadas por importantes sazonalidades, como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Black Friday e Natal. Cada uma dessas datas do calendário de compra foi responsável por mais idas às lojas, como degraus para chegar aos mesmos índices de pré-pandemia.
Na Black Friday, pela primeira vez desde o início da pandemia, as navegações voltadas para o varejo consolidado ultrapassaram o nível pré-COVID, alcançando 105% da base1. Já no dia 23/12, na antevéspera do Natal, registramos o ápice da retomada, com o maior volume de navegações no app em 2020 e 118% do nível de navegações pré-COVID2.
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Como se deu a retomada na navegação?
É interessante notar como a retomada acompanhou uma mudança de comportamento dos consumidores em um novo contexto. Com mais gente dentro de casa, nossos lares ganharam novos papéis e se transformaram também em escritórios, creches, playgrounds e escolas, o que teve um reflexo direto no aumento de pessoas investindo em reformas e na retomada mais acelerada nas navegações para as hardware stores e lojas de móveis. O varejo de moda, por sua vez, se recuperou um pouco mais lentamente, voltando aos níveis de navegação pré-COVID somente na semana anterior ao Natal.
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Compras de última hora vs Antecipação
Se compararmos 2020, um ano tão atípico, com outros anos, uma coisa não mudou: muita gente deixou as compras de datas especiais para a última hora. Com os shoppings fechados em maio de 2020, o Dia das Mães foi marcado pelas compras de última hora. Tendo que se adaptar ao cenário, as pessoas fizeram compras de presentes nos supermercados e nas floriculturas, que tiveram 12% e 13% de alta nas navegações, respectivamente, se comparadas ao mesmo período de 20193.
Outro exemplo mais recente da alta procura por compras de última hora foi na Black Friday (27/11) e na antevéspera de Natal (dia 23/12). As datas se tornaram, respectivamente, o terceiro e o primeiro principais dias em volume de navegações de 2020 no Waze.
Mas a volta às lojas também foi acompanhada por uma maior preocupação com higiene e saúde, com muitas pessoas tentando evitar muvucas e consequente contato social. Pesquisas realizadas antes da Black Friday apontavam que até 70% dos brasileiros pretendiam antecipar as compras de fim de ano4. Não à toa, registramos picos menos concentrados na Black Friday e no Natal de 2020.
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Apesar de a Black Friday em 2020 ter sido o 3º principal dia em volume de navegações do ano, elas deixaram de ser tão concentradas nesse dia comparadas às de 2019, acontecendo de forma mais diluída nos dias que antecederam a data — dos 15 dias que antecederam a sazonalidade em 2020, 10 tiveram proporcionalmente mais navegações do que em 2019.
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Nos 24 dias antes do Natal, 18 tiveram mais navegações se comparados aos dados de 2019. Os dias com menos navegações foram os domingos e segundas-feiras de 2020 (geralmente dias da semana com menos navegações) e o dia 23/12, principal dia de compra do Natal e do ano, registrou menos navegações do que em 2019.
A omnicanalidade veio para ficar
Mesmo com o crescimento do e-commerce na pandemia — que chegou a representar 12,6% das vendas no país em seu pico em 20205 —, as compras em lojas físicas permaneceram relevantes. A omnicanalidade é uma tendência e cabe às marcas ajudar o consumidor a ir às lojas físicas de forma mais segura e bem informada.
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O fundamental neste ponto é entender que os universos presencial e digital não são excludentes. Pelo contrário, as opções híbridas de compra levam mais conveniência e comodidade aos consumidores. Em 2020 elas ganharam uma importância maior do que nunca — o que não deve ser abandonado em 2021.
Para quem não conhece esse conceito, a omnicanalidade é uma estratégia de integração de canais de venda e pontos de contato das marcas com os consumidores, unindo os ambientes físico e digital com fluidez e oferecendo uma experiência mais completa e satisfatória ao usuário.
Ao entender as mudanças de comportamento durante as sazonalidades do ano passado, sugerimos algumas estratégias que podem trazer mais segurança e conveniência para o consumidor neste novo ano.
1. Estimule a antecipação
Muitas pessoas já começaram a adicionar a antecipação em suas rotinas para garantir compras sem muvuca — e as marcas podem estimular que isso aconteça ainda mais em 2021. Uma maneira de ajudar nesse planejamento é destacando com antecedência ofertas nas rotas do consumidor para estimular a compra por conveniência. Vale mencionar que as antecipações de ofertas foram relevantes em 2020 e continuarão sendo no contexto de 2021.
2. Reforce a Omnicanalidade
Mesmo com um número cada vez maior de pessoas comprando online, muita gente não pretende pagar frete, e nem mesmo está disposta a esperar pela entrega. Por isso, o uso do modelo de compra do tipo "pague e retire" tem ganhado força. Você pode usar a ferramenta Location Personalities do Waze, um formato de mídia nativo e integrado à navegação do app que funciona como uma fachada online e que destaca no mapa e na busca do app as lojas com drive-thru e ponto de retirada mais próximas. Mais omnichannel, impossível.
3. Compras de última hora: conveniência, menos contato e mais segurança
Evitar o contato é uma das prioridades para os consumidores que vão às lojas físicas durante a pandemia. Para ajudar esse público, além do próprio recurso Location Personalities, as marcas podem usar o Waze para comunicar quais serviços e facilidades estão oferecendo, seja na hora do pagamento, seja informando horários especiais.
Recalculando rotas para 2021
Mais que um app de navegação, a plataforma Waze é a maior comunidade de motoristas do mundo, um ecossistema totalmente colaborativo com produtos a serviço de toda a sociedade, onde sua marca ou empresa pode unir omnicanalidade, antecipação e vantagem, tornando mais seguras até mesmo as compras de última hora.
Como vimos, os dados gerados por esse ecossistema e as soluções trazidas pela plataforma podem ajudar o seu público a ter mais conveniência e segurança — e auxiliar você a ter resultados em uma época de tantas incertezas. Se em 2020 aprendemos como seguir com os negócios mesmo em um contexto tão dinâmico, em 2021 podemos consolidar essas mudanças.