Quando a economia de um país desacelera, o consumo muda seu padrão para se adequar melhor à situação. A combinação de fatores como menor renda, inflação elevada, dólar em alta e crédito mais caro faz com que o bolso das pessoas passe a ser menos generoso. O Brasil vive exatamente esse momento. A confiança do consumidor atingiu o menor patamar nos últimos dez anos e desacelerou o consumo. Para continuar consumindo, ele precisa ser mais eficiente em suas buscas e escolhas. Lidar com uma demanda mais restrita, como consequência direta do cenário econômico adverso, é o maior desafio para um crescimento sustentável.
Saber alavancar vendas, otimizar resultados e vencer na crise foi o tema do Think with Google Event 2015, realizado este mês, no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), em São Paulo. O encontro, que reuniu mais de 500 executivos de grandes empresas, debateu a fragmentação da jornada do consumidor em micro-momentos, e o papel do mobile como meio para ajudar as companhias a minimizar possíveis prejuízos e fechar o ano bem. A internet, como principal meio para a tomada de decisão antes de uma compra, passa a ser parte essencial dessa solução.
74% dos usuários brasileiros de smartphones pesquisam produtos na internet enquanto estão decidindo o que comprar numa loja física.
Atualmente, somos 117 milhões de internautas no Brasil. Desses, 96 milhões são usuários de smartphones, cuja participação nos acessos vem crescendo a cada dia. Até o final de 2015, mais de 53% das buscas no país feitas no Google Search virão dos dispositivos móveis, segundo análise interna, baseada no crescimento mensal de celulares e tablets, entre o primeiro semestre de 2014 e 2015.
Em momentos de dificuldade, em que o bolso aperta, as pessoas não deixam de consumir, apenas passam a ser mais exigentes e eficientes no que procuram, indo atrás de novas informações para isso. Elas avaliam melhor as marcas de acordo com o que julgam mais conveniente, trocam de supermercado para atacado para economizar e postergam os planos de compra de imóvel por aluguel. Um detalhe importante é que após a crise muitos dos novos hábitos serão incorporados à rotina do brasileiro.
Independentemente desses três fatores, o mobile tem se tornado o meio mais comum por onde essas etapas passam.
O smartphone nãoserve apenas para pesquisar, mas também executar uma transação. Nos Estados Unidos, 10% dos pedidos mobile foram feitos dentro das lojas da rede Walmart durante o período do Natal de 2014.
Como sabemos, as crises econômicas não são privilégio de um país específico. Elas atingem indiscriminadamente qualquer um e servem também para colocar em xeque a capacidade de criatividade e superação das pessoas e das empresas. Mas somente isso não basta. É preciso otimizar os esforços e mensurar. Os anúncios online têm essa inteligência. Por isso, em 2008, durante o ano da pior crise da história recente dos Estados Unidos, as companhias de lá investiram 14% a mais em anúncio online em relação ao ano anterior.
Quem nunca fez uma pesquisa para tirar uma dúvida, aprender como fazer algo, localizar um ponto de interesse? O search é o mecanismo mais utilizado para isso.
Search é importante. Todo mundo está aqui e todos já entendem o papel do YouTube como audiência, mas a motivação para a busca por vídeo no YouTube é específica e diferente da busca no Google.
No YouTube, por exemplo, com uma correlação de 91%, a cada R$ 0,10 que o dólar aumentou desde 2014, aumentaram em média 36% das buscas por dólar na plataforma de vídeos. Os usuários do YT também buscaram 3,6 vezes mais por poupança no primeiro semestre deste ano que no mesmo período do ano passado.
De maneira geral, seja na internet ou o mobile como plataforma por onde ela é acessada, o importante para quem quer ter um melhor desempenho nesse cenário de crise econômica é saber se sua marca está presente nesses micro-momentos. Lembre-se de que os consumidores não querem esperar, o conceito de fidelização e relacionamento foi ampliado e informar, inspirar e atender melhor se tornaram pontos mais importantes.
Veja a apresentação na íntegra:
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Foto: Renato Rebizzi